Dei uma olhada naquele tão falado processo de cassação do registro da chapa Núbia Cozzolino/Rozam Gomes, tido para muitos como transitado em julgado, mas que ainda cabe recurso em instância superior, o que já ocorreu junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O processo está na presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, segundo alguns juristas, mesmo cabendo um novo recurso, o afastamento teria de ser imediato, bastando para isso que o Ministério Público Eleitoral protocolasse um ofício pedindo que Rozam fosse afastado imediatamente e empossado o presidente da Câmara de Vereadores que ficaria no cargo de prefeito até que uma nova eleição acontecesse num prazo não superior a três meses. O tal pedido do MPE entrou no TRE dia 27 de janeiro, mas vem prevalecendo o que, segundo alguns juristas, não deveria: o recurso no TSE.
Interessado em que Rozam não retornasse ao cargo depois de quatro meses de licença, o deputado Washington Reis, aliado de última hora de Dinho Cozzolino, esteve no TRE segunda-feira. Pretensioso, achou que sua ida ao Tribunal Regional Eleitoral fosse levar o presidente do órgão, desembargador Luiz Zveiter, a assinar e enviar à Câmara, a determinação para que Rozam fosse afastado do cargo que já não ocupa e por vontade própria não voltará a ocupar. A cara na porta de Washington Reis serviu para mostrar que o prestígio desse moço é nenhum. Reis saiu do TRE de mãos vazias e se Dinho dependesse dele para continuar na Prefeitura estaria perdido.
Contei toda essa história para explicar a vocês que a cassação ou não de Rozam por parte da Justiça Eleitoral não mudará em nada a situação política de Magé. Se o TRE acatar o pedido do MPE e determinar o afastamento imediato de Rozam, Dinho será o prefeito (isso ele já é) e uma nova eleição marcada para 90 dias, mas só que seria uma escolha indireta, feita por um colégio eleitoral formado pelos vereadores. Com essa influência toda de Dinho sobre a Câmara, quem vocês acham que seria eleito? É preciso dizer mais alguma coisa?
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