terça-feira, 3 de maio de 2011

O silêncio de Rozam Gomes da Silva

Nas últimas horas recebi pelo menos umas 300 mensagens me pedindo para ouvir o que o prefeito de Magé, Rozam Gomes, teria a dizer sobre o fato de ter desistido de retornar à Prefeitura ontem, depois de quatro meses de licença. Fiz a minha parte, mas o homem não fala de jeito algum. Não atende telefone e nem responde aos e-mails. Concluo então que ele prefere silenciar-se, mas não sei se por não saber o que dizer ou por achar que não deve satisfação sobre o seu ato, visto por muitos como covardia e por alguns como um negócio, como se a administração municipal estivesse sendo “arrendada”.
O último contato que tive com o ex-prefeito (já o vejo assim por acreditar que o próximo passo venha ser a renúncia) foi no fim da tarde da última quinta-feira, quando, por e-mail, me confirmou que não assinara um segundo pedido de licença. Entendo que ele tenha todo o direito de retornar ou não ao exercício do mandato do qual é legalmente o titular, mas Rozam tem a obrigação de ser transparente. Tem de vir a público e falar abertamente sobre isso, pois é uma pessoa pública, é um servidor e tem de se explicar sim a seu patrão, que é o povo de Magé.
Não vi o novo pedido de licença e não posso precisar que o objeto seja o trato de assuntos particulares. Se for esse, não vai colar, pois ele já teve 120 dias de licença para isso. Se a alegação for cuidados médicos, terá de dizer isso diretamente ao povo. O que não pode é ficar nesse disse-me-disse sobre pressões e outras coisas mais. Minha conclusão final é de que está faltando respeito para com os mageenses e dou por encerrado esse assunto, até porque não acredito que o ex-prefeito volte a manter contato comigo. Por outro lado, temos de respeitar, mesmo não concordando, a opção pela falta de satisfação à opinião pública, até porque o silêncio dos mortos é sagrado.


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