O juízo da 110ª Zona Eleitoral deverá entregar na Câmara de Vereadores de Magé, ainda nessa semana, ofício comunicando a cassação do registro de candidatura da chapa Núbia Cozzolino/Rozan Gomes e determinando a posse do presidente da Câmara como prefeito interino. Isso não vai mudar nada, porque o presidente, Anderson Cozzolino, já está na cadeira de prefeito.
Entretanto, a segunda parte da decisão tomada pela juíza Ana Tereza Basílio, do TRE, enche de esperança os mageenses ansiosos por mudanças: ela despachou pelo pedido de autorização ao TSE para a realização de uma eleição suplementar no município no prazo de 90 dias, a contar da data da entrega do ofício à Câmara.
Falta agora o pedido do TRE para a nova eleição e isso tem de ser feito pelo desembargador Luiz Zveiter. Embora o pleito seja realizado pelo TRE, o colegiado não pode marcá-lo sem autorização do TSE, que ainda não recebeu nenhuma solicitação nesse sentido, mas só o fato de o processo ter saído da gaveta já diz muito e isso só aconteceu porque o Ministério Público Eleitoral - que no dia 27 de janeiro havia pedido o cumprimento da sentença - fez uma representação exigindo o cumprimento da sentença e essa petição caiu nas mãos da juíza Ana Tereza.
Agora tem a terceira parte e essa só vai desagradar mesmo os vereadores, pois eles estão apostando alto numa eleição indireta, através de um colégio eleitoral formado por eles mesmos: o TSE está confirmando eleições diretas em várias cidades. Para o dia 5 de junho, por exemplo, estão marcados os pleitos nos municípios de Pedra Preta, no Mato Grosso; Umirim e Alcântaras, no estado do Ceará; Rio Novo do Sul, Espírito Santo; Ourolândia e Cordeiros, Bahia, além de Aveiro, Bujaru e Brasil Novo, no estado do Pará.
Agora é esperar que o TRE faça logo o pedido e rezar para que o TSE o julgue em tempo para que a eleição possa acontecer dentro do que determina a legislação: de forma direta e não do jeito que os nobres representantes do povo na Câmara querem que seja.
0 comentários:
Postar um comentário