quinta-feira, 5 de maio de 2011

É preciso reinventar Magé

Estou cansado de ouvir frases como “Magé é um lugar que não deu certo” ou “o que Magé tem de pior é o povo”. Não concordo com nada disso, mas também não tenho argumentos suficientes para sustentar minha posição, pois a cada eleição os erros se repetem e os votos dados a candidatos que os mageenses conhecem bem e sabem que vão se servir do povo e não servi-lo, são justificados com expressões de medo. O engraçado é que até pessoas que supomos esclarecidas se deixam levar por essas expressões e ainda as propagam.
Em 2008 ouvi uma das histórias mais absurdas. Uma professora que iria trabalhar como presidente de mesa estava apavorada. Contaram a ela que haviam instalado câmeras nas sessões eleitorais de Mauá para fiscalizarem a votação. Os “donos” da área, com as câmeras, ficariam sabendo em quem o povo votou e iria cobrar depois se perdessem as eleições.
É claro que as tais não existiam, mas a história se espalhou e o medo também. Essas coisas são típicas de Magé, onde as pessoas parecem viver constantemente sobressaltadas, em estado permanente de pânico, situação que parece acompanhá-los até naquele momento íntimo com as urnas.
O que está faltando aos mageenses é a percepção de que os “donos” da cidade podem até mandar em tudo, mas não na consciência das pessoas de bem que são a maioria esmagadora nessa cidade. Uma meia-dúzia de foras-da-lei não podem derrotar todo um universo populacional. A corrupção é muito grande, mas não supera os sensos de moralidade e legalidade que habitam em cada morador desse município que pode até não estar dando certo nesse momento, mas terá um grande futuro se for reinventado por cada um de vocês.
Mageense, o poder de mudar é de vocês e é de vocês a legítima autoridade. Usem-na no momento certo. Dêem a sentença no grande julgamento. Pensem nisso e boa sorte.




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