O prefeito de Maricá, Washington Luiz Cardoso Siqueira, o Quaquá (PT), terá de encaminhar ao Ministério Público informações completas sobre quantas pessoas foram nomeadas para os segundo e terceiro escalões da administração municipal até julho de 2010, quando foi iniciada a campanha da primeira dama Rosangela Zeidan, que foi candidata a deputada estadual pelo PT. De acordo com estimativas, pelo menos 350 pessoas teriam sido empregadas pela Prefeitura em cargos de livre nomeação, possivelmente para atuarem na campanha de Zeidan. Segundo foi denunciado ao MP, cabos eleitorais com área de atuação na Baixada Fluminense também teriam sido recrutados em favor da primeira dama.
Conforme o blog já noticiou na semana passada, além de investigar denúncias de irregularidades em contratos para a realização de obras e prestação de serviços em Maricá, a Promotoria de Tutela Coletiva, núcleo de Niterói, abriu inquérito para apurar o uso da máquina administrativa em benefício da candidatura de Zaidan, pois foram protocoladas denúncias dando conta de que cabos eleitorais de vários municípios, principalmente da Baixada Fluminense, teriam sido nomeados para cargos comissionados, com o único propósito de atuar na campanha de Zeidan, que não conseguiu se eleger.
A situação do prefeito é extremamente delicada. Em abril, além dos três novos inquéritos instaurados, o Ministério Público ajuizou quatro ações civis públicas contra Quaquá, todas por prática de improbidade administrativa. Os processos estão tramitando na 2ª Vara Cível do município. Duas ações visam impedir a circulação de uma revista com promoção pessoal do prefeito, que deverá ser obrigado ressarcir os cofres pelos gastos com a publicação.
As outras ações tem por base o relatório final de uma CPI instalada pela Câmara de Vereadores. Foram constatadas irregularidades na contratação de duas empresas para fornecer materiais de construção para a Secretaria Municipal de Obras. Nessas duas ações a promotoria está pedindo a cassação do mandato de Quaquá, a perda de seus direitos políticos e o ressarcimento dos cofres públicos no valor dos dois contratos.
0 comentários:
Postar um comentário