Essa será mais uma semana de turbulência em Magé. O prefeito licenciado, Rozan Gomes, resolveu voltar ao cargo e os vereadores leais a Anderson Cozzolino, o Dinho, prefeito interino até o último sábado, não querem isso. Fizeram de tudo para que Rozan ficasse fora, renovando a licença ou renunciando ao mandato. Parece brincadeira, mas não: na última quinta-feira chegaram a preparar um documento como se Rozan estivesse pedindo mais quatro meses de licença e levaram para ele assinar. Como Rozan não concordou, tentaram um golpe muito do sujo: disseram que tinham um documento enviado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mandando afastar o prefeito e iriam fazê-lo. Ficou só na ameaça, mas essa semana não será de trégua. Muito pelo contrário...
Até onde seu sei a volta do prefeito contraria muitos interesses. Contratos milionários deverão ser anulados e gente que deveria estar bem longe do serviço público deverá ser colocada no devido lugar e para evitar as “perdas e danos” esses vereadores deverão ameaçar com CPIs. Já fizeram isso antes e não pensarão duas vezes antes de o fazerem de novo. Não sei da razão de nenhum deles, mas o fato é que pelo menos sete dos treze membros do Poder Legislativo estão dispostos a tudo para tirar Rozan do cargo e entregar o Poder Executivo a Dinho.
Mesmo não sabendo dos motivos, não tenho o menor pudor em afirmar que esse esforço não tem nada a ver com moralidade ou legalidade, pois esses senhores nunca se preocuparam com as denúncias chegadas até a eles. Muito pelo contrário: sempre se fizeram de surdos, cegos e mudos. A guerra pelo poder em Magé há muito que já deixou de ser uma questão política. Ultrapassa a raia do absurdo e alcança a do banditismo. Sim, banditismo mesmo, pois quem quer pisar nas leis para fazer prevalecer seus interesses pessoais, não pode ser visto de outra maneira. Então, já que a Justiça não consegue dar jeito, devemos entregar a cidade e seus “donos” nas mãos de Deus.
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