No próximo dia 26 o município de Maricá estará completando 197 anos e as lideranças comunitárias locais dizem que não há motivo algum para comemorar. Embora a arrecadação da Prefeitura tenha dobrado nos últimos dois anos, a qualidade de vida vem caindo e a revolta da população aumentando. No último dia 13 os professores saíram às ruas em protesto contra a corrupção e isso se repetiu ontem: comerciantes e moradores de Itaipuaçu saíram em caminhada até ao centro da cidade, evidenciando que o que a população gostaria de ganhar de presente pelo aniversário da cidade é o afastamento de Washington Luiz Siqueira, o Washington Quaquá (PT), apontado como o pior prefeito de toda a história do município. Para a próxima quinta-feira, o dia do aniversário, o Movimento Luto por Maricá está preparando mais manifestações e o grito “Fora Quaquá!” deverá ecoar em uníssono cidade a fora.
Alvo de cinco CPIs e pelo menos 15 inquéritos no Ministério Público, na Procuradoria da República, respondendo a ações por improbidade administrativa na Justiça, Quaquá foi eleito em 2008 como a grande esperança da população. O sonho de mudança virou pesadelo e a realidade do município é composta pelo abandono e um mar de irregularidades, com contratos sem licitação e valores superfaturados, fatos que serviram para unir os moradores num só objetivo: afastar o prefeito. Para essa quinta-feira o Movimento Luto por Maricá programou uma nova manifestação popular nas ruas do município.
Um dos inquéritos abertos pelo Núcleo de Tutela Coletiva do Ministério Público em Niterói é para que o prefeito Washington Quaquá explique onde e em que está sendo investido o dinheiro dos royalties do petróleo, recurso que representa a metade da arrecadação do município, que dobrou em relação a 2008. Segundo dados do Portal da Transparência, site oficial da Controladoria Geral da União (CGU), o município recebeu repasses federais no total de R$ 37.549.875, 22 no último ano da gestão do ex-prefeito Ricardo Queiroz, volume que saltou para R$ 56.911.852,74 em 2009 e passou para R$ 77.712.154,12 no ano passado, mas a população não vê nenhuma melhora na qualidade de vida.
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