quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um golpe sujo contra Seropédica


Marcadas inicialmente para junho, operações no aterro sanitário já começaram

Um golpe baixo contra a população e o meio ambiente. É assim que lideranças comunitárias locais, professores e alunos da Universidade Federal Rural do Rio de janeiro (UFRRJ), classificam a entrada em funcionamento da Central de tratamento de Resíduos construída numa área que deveria ser de preservação ambiental. Na última quarta-feira. O início das operações no aterro sanitário estava marcado para junto, mas no último dia 20 a Comlurb, autarquia responsável pela limpeza pública no município do Rio Janeiro, começou a descartar em Seropédica o lixo que antes era depositado na localidade de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias.
Para as lideranças comunitárias locais o prefeito Eduardo Paes decidiu antecipar o início das operações por conta das cinco ações movidas pela Associação de Docentes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Adur-RJ). “Nossa luta vai continuar. Insistiremos para que o Ministério Público federal seja acionado pela reitoria da UFRRJ, federalizando a ação, pois a maior universidade pública da América Latina está seriamente ameaçada pelo aterro”, afirmou o vereador Valter Valeriote, o Valtinho do Frigodutra.
O prefeito Alcir Martinazzo afirmou que sempre foi contra o aterro e que continua buscando uma solução. Ele lembrou que foi vencido na Justiça quando cassou o alvará dado pelo ex-prefeito Darci dos Anjos. A Ciclus, gestora do aterro afirma que a Central de tratamento de Resíduos “reúne tecnologia de ponta inédita na América Latina para garantir o destino adequado do lixo, sem riscos para o meio ambiente”.
Os moradores de Seropédica estão revoltados, mas os protestos não incomodaram o prefeito do Rio. Eduardo Paes assistiu o início das operações da nova CTR, que está recebendo, por enquanto, apenas 10% do lixo recolhido no Rio. Todos os dias, até junho, serão depositadas em Seropédica, cerca de mil toneladas diárias de lixo. Esta quantidade será levada em nove carretas, que farão cinco viagens, totalizando 45 percursos por dia. O local abrigará inicial-mente os detritos vindos da Estação de Transferência de Jacarepaguá, destino dos caminhões coletores e basculantes que circulam nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá.

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