Falei ontem à noite, por telefone, com um aliado de longa data do clã que manda em Magé. Foram uns 30 minutos de conversa e ele me convenceu de que a família Cozzolino não vê diferença entre possíveis adversários políticos nem entre os 13 membros da Câmara de Vereadores. Perante aos olhos da família todos são iguais e podem ser vencidos ou convertidos. Só de uma coisa ele não me convenceu. Foi quando me disse que o clã tem, mesmo sem fazer campanha, “pelo menos 30% dos votos válidos e com um pouquinho de esforço conquistará os 15% ou 18% necessários para assegurar a vitória em 2012”.
Disse a ele que não é bem assim que a banda toca, pois existe uma revolta geral entre a população que não estaria mais disposta a correr riscos e pensa em novos rumos para Magé. Ai ele me perguntou: “E pretendem eleger quem?”. Boa pergunta a dele, que me fez crer que a família vai mesmo torcer para que surjam pelo menos uns quatro candidatos a prefeito, no sentido de lhe facilitar o trabalho. Concordo que um Cozzolino ou nome “ungido” possa sair com 20% ou 25% dos votos sem muito esforço, mas quanto aos 15% ou 18% necessários para fechar a conta, é outra história.
O aliado me fez compreender que os Cozzolino só temem hoje um possível adversário. Sobre Narriman não esboçam reação alguma. Acham que ela não precisa de oponentes, “se derrota sozinha”. Ele me explicou por que: A ex-prefeita teve todas as chances de vencer em 2008 e as jogou fora fazendo uma péssima campanha. Deixava sua militância a pão, água e banana nas ruas. Ficou esperando os votos caírem do céu e deu no que deu: choveu de novo na horta cozzolina.
Sobre José Augusto Nalin a família “sequer comenta”, me disse o aliado. Vê nele um Diê (Deladier Garcia de Melo) e o petista Lourival, entende, “não assusta ninguém”. Quanto ao nome que o clã teme, o esforço será no sentido de jogá-lo para Teresópolis, pois querem outros nomes menos cotados para dividir os votos e emplacar o dele, que estaria mais para Werner Saraiva com Valdek compondo a chapa do que para o contrário, mesmo com Jane Cozzolino exercendo o direito de espernear.
O que quero dizer, é que mesmo com tanto escândalo, denúncias de irregularidades e um caminhão de processos, se a dupla Núbia e Charles der as mãos e sair pelas ruas pedindo votos, vai dar muito trabalho. Quanto aos demais membros da família, esses não representam nada na matemática eleitoral, uma ciência tão exata quanto a milenar aritmética.
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