terça-feira, 26 de abril de 2011

Só podia ser mesmo em Magé


A Sociedade de Assistência Médica Especializada (Same), localizada no bairro Piedade, em Magé, desde ontem já não atende mais pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está pedindo o descredenciamento. Com isso os 107 pacientes psiquiátricos que lá se encontram internados receberão alta e terão de voltar para suas casas, mas muito deles estão lá há anos e já perderam os vínculos familiares.
Essa situação vergonhosa se dá por uma coisa muito simples: a má administração da Saúde no município. Agora, com a gestão plena concedida pelo Ministério da Saúde, cabe à Prefeitura fazer o pagamento das unidades particulares conveniadas, usando uma verba especifica que é repassada todos os meses e não pode ter outra finalidade que não o pagamento dos serviços prestados por clínicas e laboratórios conveniados.
Como já revelei aqui, o prefeito interino, Anderson Cozzolino, o Dinho, vinha se recusando a pagar as faturas de outubro, novembro e dezembro emitidas pelas unidades conveniadas, que até setembro do ano passado recebiam diretamente do Ministério da Saúde. Houve protestos e depois de expor um caminhão de dificuldades, o prefeito acabou autorizando o pagamento, mas mudou as regras do jogo e vem complicando a situação. Resultado: a Same parou de atender e os diretores de outras unidades estão pensando em fazer a mesma coisa.
Com a palavra o Ministério da Saúde.


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