Hoje é o Dia Mundial da Saúde e eu quero aplaudir os milhares de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, maqueiros e motoristas de ambulância, profissionais que se dedicam a salvar vidas e muitas vezes são obrigados a improvisar para garantir o atendimento necessário, já que, invariavelmente, os gestores dos recursos públicos não fazem sua parte. Segundo dados da Controladoria Geral da União (CGU), nos últimos quatro anos pelo menos R$ 1 bilhão dos muitos bilhões de reais destinados ao setor pelo governo federal foram desviados. Só no ano passado o desvio foi de R$ 170 milhões. Ninguém é responsabilizado por isso.
Hoje os médicos que prestam serviços aos planos de saúde vão cruzar os braços. Estarão protestando contra a baixa remuneração: R$ 30 por uma consulta e R$ 265 por uma cirurgia de cesariana. Também acho pouco, pois um pai de família gasta atualmente no mínimno R$ 800 por mês com seguro saúde. Pois é. Se os prestadores de serviços aos planos de saúde estão insatisfeitos, imaginem os profissionais da rede pública...
Que tranqüilidade terá para conduzir uma ambulância com um paciente em estado grave o motorista que saiu de casa para um plantão de 24 horas sem R$ 1 no bolso? Como estará a cabeça daquela auxiliar de enfermagem que se mata de trabalhar e só vai receber R$ 600 no fim do mês? Perdida pela falta de condições de trabalho e mão paga, como desempenhará suas funções a única enfermeira de plantão num hospital de uma cidade com mais de 200 mil habitantes e que vive uma epidemia de dengue? Gostaria que prefeitos e secretários de saúde parassem um pouco para pensar nisso. Hoje é um bom dia para refletir sobre o assunto.
Parabéns, profissionais de saúde desse imenso e avacalhado pais chamado Brasil.
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