Alteração vai beneficiar diretamente a Baixada Fluminense. Nelson Bornier, de Nova Iguaçu, sai da condição de suplente para titular, abrindo espaço para Nestor Vidal, de Magé
O PDT e o PMDB confirmaram hoje que já recorreram ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para que seja feita a retotalização dos votos conferidos na eleição do ano passado, para que sejam contabilizados os conquistados pelos candidatos Arnaldo Vianna (PDT) e Celso Jacob (PMDB), que obtiveram 53.605 e 31.605 votos respectivamente. Vianna foi prefeito de Campos e duas vezes deputado. Jacob foi prefeito de Três Rios e em 2010 tentou o primeiro mandato parlamentar. O pedido tornou-se possível por causa da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que entendeu que a Lei da Ficha Limpa só será aplicada a partir de 2012.
A recontagem vai mudar a formação da bancada fluminense em Brasília. Arnaldo Viana passará a condição de primeiro suplente e ficará na vaga do deputado Sergio Zveiter, que está licenciado do mandato. Atualmente Zveiter é o titular da Secretaria Estadual do Trabalho. Não fosse a recontagem, a vaga de Sérgio ficaria com Dilson Drumont, de São Gonçalo, até então primeiro suplente do PDT, que teve 51.979 votos. A votação de Celso Jacob beneficiará Nelson Bornier que sai da condição de primeiro suplente e fica como titular da cadeira, enquanto que Nestor Vidal sobe na escala de suplentes e assumirá mandato de deputado na vaga de Rodrigo Bethlem, secretário de Assistência Social do município do Rio.
PT sai perdendo
A bancada do PT na Câmara dos Deputados será a mais prejudicada pela decisão do STF. Os petistas Luci Choinaki (SC), Professora Marcivânia (AP) e Ságuas Moraes (MT) devem ser substituídos, respectivamente, por João Alberto Pizzolatti (PP-SC), Janete Capiberibe (PSB-AP) e Nilson Aparecido Leitão (PSDB-MT). No caso de Mato Grosso, a dança das cadeiras entre um petista e um tucano se dará por causa da validação de meros 2.098 votos de um terceiro candidato, o ex-policial militar Willian Dias (PTB), condenado em 2005, em segunda instância, pelo homicídio de dois menores. Em Santa Catarina, a validação dos 133 mil votos de Pizzolatti fará com que as vagas conquistadas por sua coligação aumentem de duas para três. No jogo de perde e ganha, o prejudicado será o PT, cujo número de cadeiras cairá de quatro para três.
A decisão do STF também provoca mudanças no Senado, abrindo espaço para três políticos classificados como “fichas sujas”. Pelo que o Supremo decidiu, todos candidatos barrados pela Ficha Limpa que tiveram votos suficientes para se eleger devem tomar posse, entre eles Jader Barbalho (PMDB-PA), João Capiberibe (PSB-AP) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). A posição do STF uma derrota para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que defendeu a aplicação imediata da lei.
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