"Para o triunfo do mal, só é preciso que os bons homens não façam nada". A afirmação do advogado, pensador, filósofo e político anglo-irlandês, Edmund Burk, que viveu até o ano de 1797, se aplica perfeitamente à situação em que o município de Magé se encontra. O “mal” predomina e ninguém faz nada. Fala-se muito nas esquinas, nos bares e até nos lares, mas nada é efetivamente posto em prática. Há também os que nada falam e ainda ficam tentando desanimar os que sonham com dias melhores: “Esquece. É assim mesmo e nada vai mudar... Eles são poderosos, ricos. Nós somos pequeninos... uns pobres coitados.”
O mesmo Burk nos remete a outra reflexão e me faz lembrar Magé mais uma vez: “Há sempre um limite além do qual a tolerância deixa de ser uma virtude.” Isso é mais que filosofia. Em se tratando de situações como a de Magé é uma constatação. Quem se cala, quem se esconde usando como desculpa o medo ou até mesmo o subemprego que tem, está é se acovardando. Não estou aqui falando de uma revolução armada, de um ataque à casa grande da Fazenda Cozzolino, pois é nisso que Magé se transformou. Estou falando da revolução silenciosa e eficaz, feita com o petardo mais poderoso do mundo: o voto.
Recebo uma média de mil e quinhentos e-mails toda semana e posso assegurar que pelo menos uns trezentos são de mageenses ansiosos por mudanças. O problema é que querem transferir para mim a responsabilidade, achando que tenho de funcionar como advogado de defesa do povo, promotor de justiça e juiz, quando sou apenas um jornalista disposto a mostrar os fatos como ele são, me baseando na verdade e não no disse-me-disse corrente.
Mageenses, pensem no que Edmund Burk disse há mais de 250 anos: "Para o triunfo do mal, só é preciso que os bons homens não façam nada”.
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