Suplente de deputado federal com 51 mil e poucos votos - votação mais expressiva de que a de muitos eleitos -, Nestor Vidal está numa situação política privilegiadíssima. Seu domicilio eleitoral é Magé, onde ele foi o mais votado em 2010, mas é cotado em Teresópolis e Guapimirim, onde também foi o candidato a deputado federal mais votado no ano passado.
O que quero dizer é que ele pode escolher um desses três municípios para disputar a cadeira de prefeito, sendo que em Teresópolis o caminho está escancarado para ele, mas Nestor parece que não está levando isso em conta. Bate o pé e diz que quer é ficar em Magé.
Se eu fosse ele disputaria em Teresópolis, cidade que, apesar da destruição causada pelas chuvas de janeiro, está em melhores condições que Magé. Mesmo com a população revoltada, querendo a cassação do prefeito Jorge Mário (PT), Teresópolis ainda é a melhor opção, pois as instituições não sofreram com um furacão chamado Cozzolino.
Além da disputa em Magé ser muito mais dura, Vidal passaria quatro anos removendo escombros muito mais pesados que os das casas que desmoronaram na Serra. Trabalharia duro para tirar “esqueletos” dos armários, “ossadas” muito mais volumosas que as soterradas pelas barreiras caídas lá em cima.
Se eu fosse Nestor pensaria melhor, mas como não sou, lhe desejo boa sorte, pois ele vai precisar.
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