O senador Teotônio Vilela, conhecido como “Menestrel das Alagoas”, costumava dizer que não existe inocente em política, muito menos os chamados “inocentes úteis”, aqueles fazem uma coisa com a melhor das intenções, mas que acaba se revertendo favorável aos vilões da história. Em política não há inocente, ninguém de alma pura, mesmo os que possam externar uma ou outra boa intenção de vez em quando, mas em se tratando do município de Magé, aí é que a inocência não existe mesmo.
No início do ano passado revelei aqui a existência de uma CPI montada sob encomenda na Câmara de Vereadores de Magé. A comissão foi instalada com o pretexto de investigar a gestão da ex-prefeita Núbia Cozzolino, mas o propósito foi outro: defender o indefensável. Os membros dessa Casa resolveram assim passar um atestado de burro não só para os mageenses, mas também para membros do Ministério Público e do Poder Judiciário. Senhores, membros do Poder Legislativo mageense, não subestimem a inteligência desse povo e não abusem da paciência.
Por que estou dizendo isso? Vamos lá. A licença do prefeito Rozan Gomes terminará no dia 30 de abril e ele terá de retornar ao cargo no dia seguinte. Isso resultará no apeamento de Dinho Cozzolino da interinidade na Prefeitura e de Leonardo da Vila da presidência da Câmara. Nenhum dos dois quer isso. Dinho se acha titular do cargo de prefeito e age assim o tempo todo, mas para que assim seja, Rozan tem de ser tirado do caminho. Como fazê-lo? Uma CPI resolve e é isso que já começou a ser desenhado com um inocente útil de plantão propondo uma comissão de inquérito para investigar a destinação dos recursos da taxa de iluminação pública.
Rozan não poderá mais tirar licença para o trato de assuntos particulares. Outra só por motivos de Saúde, mas para isso terá de apresentar laudos médicos. Uma renúncia também resolveria e é com isso que os Cozzolinos e seus garotos de recado na Câmara estão contando, mas se não ocorrer já existiria um Plano B: CPI nele e não importa se culpado ou inocente... A sentença já está no bolso do colete, pois o caminho tem de ficar livre para o patrão, que seria então eternamente grato. O problema senhores, é que, mesmo vocês se lixando para isso, existe Justiça e gente disposta a por a boca no trombone.
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