quinta-feira, 31 de março de 2011

Obrigado, mas não posso


                Recebi hoje um convite que pode ser muito tentador para qualquer pessoa com pretensões políticas: uma legenda consistente e recursos para uma campanha competitiva para vereador. Esse convite me foi feito por pessoas do bem, comprometidas com os interesses do povo, mas, digamos assim, muito sonhadoras.
                Como nunca tive interesse pela política partidária, não sou filiado a nenhum partido e jamais me filiaria. Então não preciso dizer que nunca disputarei um mandato eletivo. Além do mais, não seria correto transferir meu domicilio eleitoral para determinada cidade só para disputar uma eleição porque as condições lá me seriam mais favoráveis. Que legitimidade eu teria para exercer um mandato conquistado desse jeito?
                O convite foi para o município de Magé que hoje tem 13 vereadores e deverá passar para 17 ou 19 em 2012. Uma vez eleito eu seria apenas um a pensar como penso. Seria engolido pela maioria expressiva toda vez que me levantasse para defender posição contraria aquilo que a maioria sempre fez questão de preservar. O que quero dizer é que a mudança tem de ser total, pois se a atual composição da Câmara não serve a sociedade agora, não será amanhã que isso acontecerá. Minha tribuna, amigos é a do jornalismo.



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