Lideranças políticas, religiosas e comunitárias de Rio das Ostras se reuniram para discutir o futuro do município. Na pauta esteve a criação da Frente da Cidadania que, entre outros objetivos, visa resgatar a auto-estima do povo riostrense e inserir a população nas discussões políticas e administrativas da cidade. O encontro, promovido pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), aconteceu no sítio Peroba, no bairro Nova Cidade, e reuniu cerca de 500 pessoas.
Quem abriu a solenidade foi o anfitrião Gelson Apicelo, lembrando que o encontro não teve a intenção de escolher os candidatos o prefeito e vice das próximas eleições, mas sim de discutir os rumos que a cidade está tomando. “Estamos aqui com um objetivo, criar uma frente liberal que conheça a realidade de Rio das Ostras para seguir no rumo certo, que não deve ser o mesmo caminho que Casimiro de Abreu seguiu, onde uma família governou por mais de 30 anos, ou como Macaé, onde os ‘Mussi’ estão há quase 50 anos. Vamos esquecer deste vício. Uma cidade com mais de 120 mil moradores não pode ter apenas dois prefeitos que sai, retorna, depois coloca um substituto, e nós só batendo palma. Vamos dizer não a esse continuísmo, nos unirmos e darmos um basta nisso”, falou Apicelo.
O presidente da Câmara de Rio das Ostras, Carlos Afonso, ressaltou que a Frente da Cidadania visa resgatar a identidade e a cidadania do povo riostrense. Ele lembrou que há alguns anos, as pessoas discutiam política e pensavam no município o tempo todo, mas hoje os valores estão se perdendo. “Temos que voltar a discutir com as pessoas o caminho de Rio das Ostras, que está tomando um perfil muito desagradável, como aconteceu com Macaé e não podemos repetir os erros dos outros. As pessoas estão transformando Rio das Ostras em cidade dormitório e não têm compromisso com a cidade”, observou Carlos Afonso.
Ele falou sobre o crescimento populacional de Rio das Ostras, bem como as dificuldades em atender as demandas que aumentam todos os dias, como segurança, transporte, esgotamento sanitário, abastecimento de água, educação, entre outros. “O que estamos propondo aqui é que a gente volte um pouco no tempo e retome uma cidade onde a gente se conhecia. Não temos a pretensão de conhecer a todos, mas temos a responsabilidade de levar a discussão política para dentro dos bairros e das casas, mobilizar a sociedade para que cuidemos do que é nosso. Não podemos ver a população crescendo e esse sentimento se perdendo pela falta de compromisso com a cidade”, falou Afonso.
Ele ressaltou que o novo governo precisa descentralizar a administração, buscando parcerias com as associações e fornecendo instrumentos para as comunidades possam dar soluções para os problemas. Para Afonso, é preciso que as lideranças se unam para “construir uma militância, um pensamento e um projeto de governo, que passa pela inserção das comunidades nas discussões municipais, governando junto com as lideranças comunitárias. Dar a partida para um novo caminho de resgate dos valores e de uma comunidade que ama Rio das Ostras”, falou.
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