Recebi durante a semana uns 50 e-mails de assessores parlamentares lotados nos gabinetes da Assembleia Legislativa, divulgando que os nobres representantes do povo estão com suas atenções voltadas para a tragédia da região serrana e envolvidos pela solidariedade buscam ajuda para as vítimas e meios de se evitar novas tragédias.
Nada disso. Estão é disputando espaço diante dos holofotes para aparecerem, num oportunismo desumano. Só faltam pegar nas alças dos caixões e chorar, como carpideiras, os mortos. Vejo nisso um grande desrespeito. Esses senhores passam o mandato inteiro sem nada fazer. São como abutres a espera da desgraça alheia para exercitarem sua demagogia. Duvido até que alguns deles tenham metido a mão no bolso para uma doação pequena que seja, pois tem deputado tão avarento que tem coragem de ficar com parte do salário de sua assessoria, alegando tratar-se de colaboração ao exercício do mandato.
O negócio dessa gente é aparecer na foto na hora do infortúnio dos contribuintes que a sustenta e nada recebe de volta. Tem deputado chefiando uma comissão de seus iguais formada para levantar as áreas de riscos. Desde quando deputado entende disso? Tem aquela turminha do PT, liderada pelo Carlos Minc, um político acometido quase sempre pela “Síndrome de Darlene”, um mal que transforma muitos em “papagaios de pirata”.
Deputados petistas estão disputando a empurrões um espaço no quadro funesto da tragédia, falam de providências futuras quando dois políticos da legenda se omitiram feio: Jorge Mário, prefeito de Teresópolis, ignorou uma decisão judicial de 2009, que determinava a remoção imediata das famílias instaladas em áreas de risco e Paulo Mustrange, de Petrópolis, fechou, no ano passado, uma estação metereológica, alegando que a Prefeitura não tinha como mantê-la funcionando. De acordo com especialistas, se essa dita cuja estivesse operando os moradores de Itaipava poderiam ter sido alertados com, no mínimo, duas horas de antecedência.
Preciso dizer mais alguma coisa?
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