segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Nova Iguaçu quer obras de verdade


População espera um ano de pouca conversa e muito trabalho

Um ano de pouca conversa e mais trabalho, sem promessa e mais ação. É isso que a população de Nova Iguaçu está esperando para 2011, com a prefeita Sheila Gama saindo dos projetos para a execução. Chamada de cidade papel, por conta dos mais de 500 projetos anunciados nos últimos seis anos, sem que nenhum deles tenha saído das gavetas do governo, Nova Iguaçu está atolada em dívidas e com bairros inteiros esburacados.
O hábito de não pagar o que deve tomou conta da administração municipal durante a gestão do prefeito Lindberg Farias e as coisas não mudaram muito com a posse de Sheila: prestadores de serviços reclamam das faturas atrasadas e tem empreiteiros que não querem nem ouvir falar em contrato com a Prefeitura.  “Minha experiência com a Prefeitura de Nova Iguaçu foi horrível. Tenho muito dinheiro a receber. Lindberg me levou a ruína. Estou me recuperando com muito esforço e trabalho. Trabalhar para a Prefeitura de Nova Iguaçu? Nunca mais”, afirma o dono de uma empresa que durante a gestão do PT foi contratado para construir praças e reformar escolas.
Além de não concluir a maior parte das obras anunciadas, a Prefeitura destruiu muita coisa que estava funcionando bem. O posto de saúde da Rua Dr. Thibau, no centro da cidade, por exemplo, funcionava com o atendimento a portadores de doenças mentais. Entrou em obras em 2006 e o terreno está sendo usado hoje como estacionamento. Além de não terminar a obra, a Prefeitura não tomou conta da área.
                “Isso mostra bem com a coisa pública é tratada em Nova Iguaçu. Nossa cidade foi governada por estranhos durante os cinco anos e três meses da gestão de Lindberg e, mesmo com Sheila Gama continua nas mãos de forasteiros. Essas pessoas não vivem aqui e não tem nenhum compromisso real com o nosso município. Essa é a mais pura verdade”, afirma o líder comunitário Francisco de Assis Ribeiro, revoltado com a situação dos bairros formados ao longo da Estrada de Madureira. Essas comunidades foram anunciadas como prioridade no programa de obras, mas o pouco que foi feito já apresenta problemas.

Obras de mentira
Nos três primeiros anos da gestão de Lindberg foram gastos cerca de R$ 30 milhões em divulgação. A principal campanha de publicidade anunciou “o maior programa de obras que Nova Iguaçu já viu”, mas poucas delas saiu do papel e a grande parte do que foi iniciado acabou interrompido por Lindberg Farias e continua parado na gestão da prefeita Sheila Gama. Na verdade, revelam algumas lideranças comunitárias, o que está acontecendo em Nova Iguaçu nos últimos seis anos é muita badalação para pouca coisa efetivamente realizada.
De acordo com representantes de bairros, além da publicidade exagerada, o governo gastou muito na promoção pessoal do ex-prefeito para garantir a re-eleição Lindberg Farias, o que ele conseguiu com muito facilidade. “Foi o maior estelionato eleitoral da história do município de Nova Iguaçu”, completa o líder comunitário Francisco de Assis Ribeiro.

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