Defendendo interesses próprios vereadores de Casimiro de Abreu tentam “engessar” a administração
Se depender da vontade do grupo de vereadores que venceu a eleição para nova formação da mesa diretora da Câmara, o município de Casimiro de Abreu não terá um bom ano. Pelo menos é isso que sugere o posicionamento tomado pelos vereadores Luciano Nogueira, Marcus Muller, o Marquinho da Vaca Mecânica (PRTB), Alex Neves (PM-DB), Paulo da Costa, o Paulo Nova Barra (PDT) e Alípio Sarzedas, o Netinho Sarzedas (DEM) durante a votação do orçamento a Prefeitura para este ano.
De acordo com a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2011 enviada à Câmara Municipal pelo prefeito Antonio Marcos Lemos (PSC), foi solicitada autorização para remanejamento de até 80% da receita para programas de trabalho com maiores prioridades, mas o grupo aprovou apenas 5%, engessando a administração, que teve o orçamento fixado em R$ 195.024.364,82.
O grupo inseriu 21 emendas e está sendo muito criticado por isso, pois as modificações não tiveram nenhum embasamento técnico, com os vereadores adotando critérios políticos, que podem prejudicar bastante a administração municipal. “Sou vereador de quatro mandatos e nunca um orçamento chegou nesta Casa de Leis com tantas emendas. O interesse político está na frente do município. Sempre votamos um remanejamento de verba de 80%, agora querem que seja de 5% só porque estão em maioria. Não posso concordar com isso”, disse o vereador Alessandro Macabu, o Pezão, referindo-se a uma das emendas aprovadas na mudança na redução de 80% para 5% da margem de remanejamento do executivo.
Para o vereador João Medeiros, a Câmara deveria ter votado o orçamento da forma em que foi enviado pelo Poder Executivo. “O orçamento é uma peça resultante de bastante trabalho. Cada secretário levantou a sua necessidade e a Secretaria de Planejamento é quem encaminha para esta casa todo o projeto. Por isso, devemos ter cautela com as emendas que são apresentadas”, pontuou João Medeiros.
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