Já cansei de falar aqui que Magé é um dos municípios que mais recursos recebe do governo federal para o setor de Educação, superando em volume de verba até cidades com universo populacional maior, portanto, passou da hora de os gestores desse dinheiro resolverem o grave problema da falta de professores para melhor atender as crianças portadoras de necessidades especiais.
Tenho recebido muitas reclamações nesse sentido e aqui vou postar uma delas, para ver se a família que se acha dona da Prefeitura faça alguma coisa para solucionar essa deficiência.
“Elizeu, venho por meio deste falar sobre o descaso para com os portadores de necessidades especiais que estudavam em escolas estaduais, onde tinham professores especializados para trabalhar e ajudá-las. Com a lei de inclusão essas crianças foram transferidas para Prefeitura. Não que eu discorde da lei, mas nem todas as prefeituras prepararam seus professores para receber essas crianças. É o que está acontecendo em Magé. Muitas crianças vão parar de estudar por isso.
Como que o portador de necessidades especiais, quem tem dependência total, que necessita de uma pessoa lhe indique o que fazer, para onde ir, vai estudar em uma turma regular com salas cheias, alunos ignorando ou discriminando sua presença? Eu tenho uma filha com esse problema. Ela estudou durante nove anos no C.E. José Veríssimo, em uma turma de classe especial. A professora sabia trabalhar com eles. Era um grupo unido, onde um cuidava do outro. Eu sei que essa mudança vai bloquear o desenvolvimento dela.
No dia 10 de janeiro teve uma reunião na Secretaria de Educação do município e foi colocado de uma forma que ou aceitamos a norma ou procuremos outro lugar e que as crianças que tiverem mais de 18 anos terão de estudar a noite no EJA.”
Vejam só a visão dos gestores da Educação em Magé sobre o problema. Será que se essas crianças fossem parentes dos “donos” da cidade eles agiriam assim?
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