“Me desculpa, mas pelo que vimos o Programa Saúde de Família nunca existiu de fato em Magé”. A afirmação é da médica Andréia de Andrade Dias, coordenadora do PSF na rede municipal. Segundo ela, o programa vai ter de começar do zero, tal é o volume de irregularidades. Sobre a folha de pagamentos, por exemplo, ela relata que o Ministério da Saúde recebia informações alteradas, com nomes de funcionários fantasmas. “Teremos que cadastrar tudo do zero”, completou ela.
A orientação é para que a partir de agora o PSF faça tudo aquilo que o Ministério da Saúde determina: atendimento de adultos, crianças, gestantes e ginecologia, dentro das unidades e nas casas das pessoas. Os profissionais também participarão de atividades em grupos de educação em Saúde, promoção de atividades culturais e educativas para a população da unidade. Para isso, todos os profissionais dessas unidades terão os salários corrigidos.
“Isto é o que queremos trazer para Magé. Nada de outro mundo, apenas o que determina o Ministério da Saúde. Sabemos dos enormes obstáculos que encontraremos, desde conflitos de interesse político até a real dificuldade de contratação de médicos. Mas somos fortes, estamos dispostos e contamos com o apoio do prefeito, com a participação da população e com a ajuda de Deus”, emendou o médico Filipe Velasques, que participou da elaboração do plano estratégico e também atua na coordenação.
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