A situação em que se encontra a Secretaria de Educação de Magé seria uma das razões que levou o presidente da Câmara de Vereadores a marcar a posse do prefeito eleito, como se coubesse a ele fazer isso, para o dia 30 de setembro. Todo o esquema de trabalho naquele setor, por ordem de Jane Cozzolino, foi feito até outubro. Ela estava contando que teria tempo para arrumar a bagunça e não terá. Deverá começar por essa secretaria a investigação das contas do governo. Cada contrato será revisto com lupa e o sumiço de material vai ser investigado com rigor. As cadeiras da Desk, por exemplo, terão de aparecer de um jeito ou outro. Vem encrenca séria por aí, pois o Ministério Público participará ativamente desse trabalho.
Como não assina nada - dá ordens para seus coringas de confiança executarem -, Jane acha que se dará bem nessa e que só quem assinou ficará pegado. Tem a tal de delação premiada e o MP não se oporá em oferecer esse benefício a quem quiser colaborar. Muitas diretoras de escolas terão explicações a dar. Falo, por exemplo, das que não conseguiram prestar contas das verbas federais repassadas diretamente aos colégios através do PDDE. As diretoras são o lado mais fraco da corda e devem começar a preparar a defesa. Sobre a folha de pagamento, sou informado de que isso pode até dar cadeia. Por falar nisso a secretária Ionete Reis tirou da sede da secretaria o sistema que gerencia os dados da folha, ele terá de aparecer. Sou informado ainda que o gabinete da secretaria já foi desativado e que duas escolas deverão ser inauguradas às pressas, um em Suruí e outra no bairro BNH.
O que me revelam é que tem muita gente do governo com insônia, mal que passou a efetar também os agregados, gente que achou que a festa nunca iria acabar e que pensava que, realmente, dinheiro público não tem dono.
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