Sempre disse aqui que em termos de obras Núbia Cozzolino foi a melhor prefeita que Magé teve nos últimos anos, tendo superado o pai, o primo, o irmão, Nelson do Posto e Narriman Zito. Entretanto, é preciso destacar também que nunca se viu tanta sujeira como nesses últimos seis anos, pois ao mesmo tempo em que asfaltava ruas, seu governo chafurdava na lama da corrupção. Os inquéritos no Ministério Público, os processos criminais - inclusive por formação de quadrilha - e as operações policiais estão aí para não me deixarem mentir. Núbia entrou em cena como uma grande estrela, foi aplaudida em vários atos e no último, por pouco, não foi apedrejada. Que final triste, minha gente!
Quando Núbia apareceu em rede nacional com papeis colados na cabeça e no rosto já deixava claro que o desequilíbrio lhe tomara conta e as cenas de humor pastelão por ela protagonizadas em praça pública na última quarta-feira evidenciam uma proximidade muito grande com a loucura. Acho que ela merecia uma saída menos desonrosa, mas parece que ela nunca se importou com a sua imagem. Se ela faz isso consigo mesma, imaginem com o município...
A impressão que fica é a de que a ex-prefeita acha mesmo que é dona da cidade, que pensa ser Magé uma herança de família. “Gente, isso aqui é tudo meu. Meu pai deixou Magé para mim e para os meus irmãos. Inclusive o povo é propriedade nossa”. Talvez seja assim que ela, nos píncaros de suas alucinações, veja o município. Revi ontem à noite várias vezes as cenas de quarta-feira. Núbia corria, gesticulava como se fizesse pantomimas diante de uma platéia de circo. Na verdade, o que vi ali é uma mulher morrendo para a vida pública, partindo sem choro e sem vela.
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