O resultado da eleição suplementar realizada domingo em Magé é um recado contundente para todos os políticos que acham que podem fazer de tudo porque o povo tem memória curta e basta distribuir cesta básica, tijolo, manilha, cimento ou pagar R$ 50 no dia da votação, para se conseguir a vitória. As coisas mudaram. Não é mais assim que a banda toca. A música agora é outra.
Os números de Magé desceram quadrados goela abaixo dos Cozzolinos que apanharam feio dentro do que achavam ser o próprio quintal, o sexto distrito, formado por Piabetá, Fragoso, Raiz da Serra, Pau Grande e vários outros pequenos bairros: foram 36.442 votos para Nestor Vidal e apenas 18.666 para Werner Saraiva, o candidato dos Cozzolinos, provando que esse negócio de reduto é coisa do passado. No quinto distrito a surra foi ainda maior. E Mauá se fez todo o tipo de propaganda irregular. Numa delas insinuavam que se votasse no número 70, o de Werner, o eleitor estaria votando no ex-vereador Valdeck, que posava de rei do pedaço. Nesse distrito Nestor teve 75% dos votos: um total de 7.266 contra 2.327. Onde está a força de Valdeck.
Vidal venceu em todos os distritos. Em Suruí, quarto distrito, foram 6.990 contra 2.327. No centro a votação do candidato do governo foi vergonhosa, o que pode ser chamado de verdadeiro esculacho: Werner teve 3.140 votos e Nestor 22.186. De Santo Aleixo, segundo distrito, veio a maior votação em termos de proporção: Nestor levou 90% dos votos apurados. Foram 8.262 para ele e só 1.330 para Werner Saraiva.
O recado que as urnas mandaram é curto e grosso: Chega! Basta! Quem souber entender isso terá uma longa vida pública, mas quem se fizer de surdo corre risco de ser banido de vez da política em Magé e terá de ir cantar em outra freguesia.
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