Fantasmas de Nova Iguaçu: mais um caso para o Ministério Público
O vereador de Nova Iguaçu, Thiago Portela (PPS), vai encaminhar o relatório do Tribunal de Contas (TCE) ao Ministério Público Estadual. O vereador sabe que o próprio TCE já deve ter feito isso mas, segundo ele, a intenção é reforçar o pedido de explicação e de punição já que o documento do TCE comprova várias irregularidades na administração Lindberg Farias (PT). Além disso, o relatório dos técnicos do TCE é de agosto do ano passado e o vereador quer saber também o que foi feito nesse período para coibir a continuidade de irregularidades nesse governo.
O relatório tem mais de 100 páginas e constata que 865 pessoas estão (ou estavam até o momento do relatório) nomeadas na secretaria de Governo. Os técnicos afirmam que não encontraram essas pessoas no setor de trabalho. “É mais um absurdo desse governo. Quando a gente pensa que viu tudo descobre que ainda tem muito para ver. Mas é bom deixar claro que o documento do Tribunal não é sobre indícios, é a constatação de o governo está cheio de irregularidades. Não é possível que, mais uma vez, esse prefeito não seja punido”, desabafa o vereador se referindo a vários processos que Lindberg enfrenta mas que não têm continuidade.
O vereador diz ainda que depois de ler o relatório entende como o prefeito se elegeu com uma margem tão grande de votos. “Está claro que ele negociou esses cargos para ganhar eleição. Dessa forma fica fácil. Até agora não conseguia entender como um prefeito com tantos processos, sem construir escolas, que colocou a saúde envolta em um verdadeiro caos, conseguiu se eleger com uma margem tão grande de votos. Com esse relatório as coisas ficam mais claras para mim”, resumi. Thiago vai marcar audiência com a coordenação da promotoria em Nova Iguaçu para entregar o documento nos próximos dias.
Um histórico de processos
O processo que deverá ser aberto no Ministério Público contra o prefeito Lindberg Farias vai se juntar a uma pilha de outros respondidos por ele e seu governo. Desde que assumiu, o governo já gerou 300 processos na área civil e outros 300 na área de Fazenda Pública. Isso levando em conta apenas o Ministério Público Estadual. No Federal, o prefeito enfrenta também um processo e vários inquéritos e procedimentos. A maioria corre em segredo de Justiça. Mas, segundo testemunhas que deram depoimentos, são irregularidades encontradas na Saúde e Educação.
Na Saúde, o prefeito é constantemente chamado a depor para explicar contratação de cooperativas, falta de pagamento de clínicas e funcionários e ainda terá de responder como foram gastos R$ 2,5 milhões em receituário para o Hospital da Posse enquanto os médicos escreviam em folhas de papel ofício e a possibilidade desse dinheiro ter ido parar na campanha para governador do então candidato ao governo do Estado, Wladimir Palmeira.
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