Que instrumento legal pode derrubar um ato jurídico perfeito? Os bambas no assunto dizem que nada. O que seria suficientemente forte para impedir que o povo vá às urnas e diga, com o voto, o que quer de verdade? Legalmente falando nada, mas em se tratando de uma cidade chamada Magé, onde os donos do poder se acham acima do bem e do mal, de tudo pode ser tentado, mas daí a conseguir há uma diferença muito grande.
Só uma ditadura, e das mais cruéis, pode impedir o voto e como Magé não é uma república - embora muitos pensem que sim -, os aprendizes de ditadores terão de meter a viola no saco e ficar quietinhos para poderem ouvir a voz das urnas e receberem o recado que elas lhes mandarem, mas antes, acredito, ainda farão pelo menos mais uma tentativa jurídica, no STF, por exemplo, se é que já não o fizeram. Entretanto, pelo que ouvi ontem de pelo menos três bambas do Direito, conseguir outra liminar contra o pleito nesse momento seria um milagre.
Ontem à tarde a minha caixa postal foi atulhada de mensagens arrogantes, típicas de gente que está lá em baixo moralmente falando, mas se acha forte o suficiente para pegar as leis todas, rasgá-las e jogá-las no lixo. “Vocês mão perdem por esperar... Quem o TRE pensa que? Brasília fala mais alto... e na quarta-feira teremos uma surpresa e vocês vão ver quem manda...”
Para mim isso tudo soa como bravata, discurso que beira à loucura... Vocês acham que alguém, em sã consciência, declararia guerra à vontade do povo, desse mesmo povo que lhe dera o poder em outros tempos? Será que essa movimentação toda para se evitar a eleição suplementar direta é aceitável como saudável pela a sociedade e essa vai aceitar calada essas manobras? Será que os que dão esses recados velados de que são fortes e que vão conseguir impedir os eleitores mageenses de irem às urnas estão dizendo coisa com coisa?
Sinceramente vejo nisso tudo o desespero sobre o qual já me reportei algumas vezes, medo de uma coisa muito maior do que ser apeado desse Puro Sangue chamado poder. O que vejo, amigos, são inconsequentes prestes a fazer a colheita da tempestade gerada pelos ventos que semearam nos últimos anos.
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