Mesmo recebendo um grande volume de recursos federais e com um orçamento de R$ 365 milhões aprovado para este ano, o município de Magé continua lá embaixo em termos de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), perdendo inclusive para cidades com maior número de habitantes e menor volume de repasses federais, principalmente para o setor de Educação, o de maior volume de verbas em termos de repasses mensais feitos pela União. Segundo a listagem do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Magé está em 57º, com um IDH de 0,746 entre os 92 municípios fluminenses.
De acordo com o censo de 2010 feito pelo IBGE, o município de Magé conta com menos de 230 mil habitantes, mas as estimativas feitas por entidades locais, inclusive pela própria Prefeitura, esse universo populacional pode chegar a 300 mil. Pelo censo o município tem 227.322 moradores, 585,13 habitantes em cada um dos seus 388 quilômetros quadrados de extensão territorial.
O grande volume de recursos, pelas estatísticas apresentadas, não traduzem qualidade de vida. No bairro Partido, na localidade de Suruí, por exemplo, os moradores sabem muito bem que o significa isso. O abastecimento de água não existe e o esgoto sanitário escoando a céu aberto revelam o retrato do abandono.
Segundo revela o Portal da Transparência, da Controladoria Geral da União (CGU), de janeiro de 2005 a 31 de marco, Magé recebeu exatamente R$ 598.199.949,42 de verbas federais. Foram R$ 63.967.435,91 em 2005; R$ 74.421.966,26 em 2006; R$ 77.828.858,12 em 2007; R$ 111.558.525,52 em 2008; R$ 114.042.930,29 em 2009 e R$ 119.006.084,47 no ano passado, Este ano, até o dia 31 de março, o volume de repasses chegou a R$ 37.374.148,85. Pelas estimativas o ano de 2011 deverá ser fechado com um total de cerca de R$ 130 milhões.
Há que se perguntar: De que serviram todos esses repasses?
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