O jornalismo nos impõe um método muito prático de dar a notícia que nas redações costumamos chamar de “quando, onde e porque”. Eu deveria me limitar a dar a notícia, mas vou aproveitar para antes fazer um desabafo. Os ataques foram terríveis nas últimas 48 horas e dava para perceber que se tratavam de pessoas que não conseguem distinguir o O do U sendo usadas para escrever abobrinhas e palavras chulas como se aqui não tivéssemos responsabilidade. Isso aqui não é a casa da mãe Joana, é um trabalho jornalístico e eu não toco no assunto sem antes buscar seu fundamento.
Teve um anônimo que se dizendo advogado me escreveu tanta sandice que não posso crer que ele assim seja. Falava um idioma próprio aos que atuam sob encomenda, como se eu fosse me impressionar com isso. Coitado, aqui não tem filho de pai assustado. Esse tal “doutor” me disse assim: “Você está deturpando a notícia e confundindo o povo. A eleição foi cancelada e os trabalhos do TSE serão encerrados quinta-feira e só voltam em agosto”. Esse “doutor” precisa ler mais o que escrevemos. Assim ficaria bem informado e não sairia por aí dizendo asneiras. Esse, com certeza, é um daqueles que não sabem a diferença entre as palavras suspender e cancelar. Coitados dos clientes dele. Gente, nunca tive a pretensão de ser dono da verdade e nem senhor da razão, mas me esforço muito para andar ao lado delas.
Pronto gente, já desabafei. Agora vou dar a notícia. A ministra Nancy Andrigh, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cassou, agora a pouco, a liminar concedida à Câmara de Vereadores, que pediu a suspensão da eleição suplementar marcada para o dia 17 de julho e reivindicava o direito de eleger o prefeito indiretamente. Ela resolveu reconsiderar sua decisão hoje mesmo, apesar de ter dito no final da sessão de hoje à tarde que só apreciaria o processo no plantão da próxima segunda-feira. O povo, para o desespero dos que estão com medo das urnas, votará livremente e esperamos que os opressores não insistam em querer levá-los pelo cabresto até às seções eleitorais.
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