Presidente da Câmara de Porto Real vai ser julgado por violências e sequestro contra jovem de 24 anos
A desembargadora Gizelda Leitão Teixeira, da Seção Criminal do Tribunal de Justiça, determinou que seja investigado o descumprimento de decisão judicial por parte de agentes da 89ª DP (Resende), no caso em que o presidente da Câmara de Vereadores de Porto Real, Heitor Silvestre é acusado de estupro, espancamento e cárcere privado contra uma jovem de 24 anos, verificado em julho de 2009. A magistrada solicitou informações enviando vários ofícios e a resposta demorou mais de um ano para chegar. Os crimes atribuídos ao vereador começaram a ser apurados pela 100ª DP através Inquérito Policial 517/2009, depois enviado para a delegacia de Resende.
“Verdadeiro absurdo e desrespeito que se vê nestes autos. Ofícios e mais ofícios solicitando informações à Delegacia sobre a remessa das peças de roupa ao ICCE e só agora em 31/08/11 é que a determinação foi cumprida! Quem é o responsável por tal absurdo? Providencie urgente a Secretaria da Seção Criminal cópia de fls. 342 até esta decisão (fls. 357vº) e ofício dirigido à Corregedoria de Polícia Civil, na pessoa do Sr. Corregedor, para fins de apuração de responsabilidade no desleixo, na desídia que se vê nos autos quanto ao cumprimento de ordem judicial”, afirmou a magistrada em despacho assinado no dia 9 de setembro.
Denunciado
Conforme o elizeupires.com já havia noticiado, o vereador Heitor Silvestre da Silva (DEM) foi denunciado pelo Ministério Público por lesão corporal, ameaça, sequestro, cárcere privado e estupro, crimes atribuídos a ele por uma ex-namorada de 24 anos, na noite de 19 de julho de 2009. A vítima contou em depoimento que Heitor invadiu sua casa, a levou para um terreno baldio nos arredores da cidade onde a espancou. Depois ela teria sido levada para um motel em Resende onde passou a noite sendo obrigada por ele a fazer sexo. A moça também foi espancada, o que ficou comprovado por exame de corpo delito.
Desde que o crime foi denunciado pela família da vítima que o silêncio tomou conta da maioria dos membros da Câmara Municipal, onde o corporativismo prevaleceu, ao ponto de ele ser eleito para presidir a Casa. O processo está tramitando e o vereador deverá ser julgado ainda este ano. Se condenado, poderá pegar uma pena de 16 anos.
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