Ontem foi o dia do mestre e muitos estranharam o fato de eu nada ter escrito para homenagear os professores. É verdade, não escrevi uma linha sequer e não o fiz por não ter o que dizer. Parabéns, simplesmente? Não, soaria vazio e pequeno demais para essa classe que move o mundo e muito espera de mim. Gostaria de dizer mais, fazer ecoar uma boa notícia que fosse, mas e aí, cadê a boa notícia?
Em Guapimirim a boa surpresa ainda não veio, em Magé os professores reclamam repasses atrasados do Fundeb e concursados e contratados insistem em se ver como adversários. Em Belford Roxo a categoria é desrespeitada em todos os sentidos e em Nova Iguaçu os professores estão em silêncio. Nada mudou no magistério. As condições de trabalho continuam péssimas e o salário ainda pequeno, mas o fato de a cidade ter uma professora como prefeita parece estar sendo o bastante.
A situação dos professores é questionável em toda a Baixada Fluminense. Na serra é menos pior em Petrópolis, mas ruim em Teresópolis e Nova Friburgo. Mais embaixo os professores também reclamam muito em Itaboraí, São Gonçalo e Niterói, mas as palavras se perdem ao vento. No município de Cachoeiras de Macacu os professores voltaram às escolas, mas permanecem em estado de greve até que o aumento acordado seja posto no papel. Ao que parece, a voz do professor só é ouvida mesmo pelos alunos nas salas de aula...
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