A concessionária de energia elétrica Ampla terá de explicar como chegou ao total de R$ 60 milhões a dívida que foi confessada pela Prefeitura de Magé no ano passado. Além disso a empresa terá de informar o quanto foi pago e o que efetivamente vem arrecadando por mês a título de contribuição para iluminação pública, que é cobrada na conta de consumo enviada a cada cliente todos os meses. Atualmente a contribuição é de R$ 8 por residência, R$ 15 por cada ponto comercial e R$ 50 por indústria. A Ampla também terá de passar a depositar no fundo de iluminação pública todos os meses, o valor recebido, bem como apresentar um relatório sobre a situação.
O prefeito Nestor Vidal não engoliu a informação de que o município deva R$ 60 milhões à Ampla, mesmo esse valor tendo sido reconhecido pelo então prefeito, Rozan Gomes. Em 2005, assim que a prefeita Núbia Cozzolino assumiu o governo municipal ela passou a questionar o valor da dívida que na época era de R$ 20 milhões. Núbia achava muito e brigou contra a Ampla, mas de nada adiantou, pois esse valor já havia sido reconhecido em negociação feita em 2004 pela então prefeita, Narriman Zito. O que se estranha é como essa dívida tenha crescido tanto, a ponto de chegar a R$ 60 milhões.
Para o vereador o vereador Álvaro Alencar, que já denunciou o caso ao Ministério Público, a dívida cresceu muito rápido e esse valor apresentado pela Ampla é, no mínimo duvidoso. “Núbia nunca assumiu essa dívida com a Ampla. Ela sempre questionou a cobrança e eu concordo com ela. Não sei que matemática é essa da Ampla”, afirma o vereador, que apóia a iniciativa do governo em exigir mais transparência por parte da Ampla e que os valores da contribuição de iluminação pública sejam depositados no fundo municipal.
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