O município decidiu apostar na raspadinha para melhorar receita
O município de Arraial do Cabo vai ser pioneiro na implantação da modalidade de loteria instantânea, conhecida como “raspadinha”. A indicação legislativa, apresentada pelo vereador Arivaldo Cavalcanti Filho, já foi aprovada em plenário e só aguarda a sanção do prefeito Wanderson Cardoso de Brito. A previsão, segundo o vereador, é de que a raspadinha já esteja implantada no próximo ano, bastando para isso, que o município celebre um convênio com a autarquia Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj).
“Estivemos na sede da Loterj, onde conversamos com o presidente da entidade, Sérgio Ricardo, que sinalizou positivamente em relação ao nosso pleito. Tanto as raspadinhas da Loterj, como as da Caixa Econômica Federal utilizam os municípios como pontos de vendas, mas nada deixam para os cofres das municipalidades. Por isso, a nossa intenção é criar mais uma forma de arrecadação em favor do nosso município”, justificou o vereador, acrescentando que essa receita, gerada por um percentual a ser definido por cada raspadinha vendida na cidade, poderá ser direcionada para as ações sociais, meio ambiente, bolsas de estudos, qualificação profissional, enfim, isso deve ser avaliado pelo prefeito antes da sanção.
“Os prêmios dessa modalidade de loteria são instantâneos, e queremos que esses prêmios tenham o perfil da região: bombas d´água, bicicletas, celulares, kits turísticos, valores em dinheiro. Sabemos que compete à União legislar sobre jogos, preferencialmente, mas podemos firmar o convênio com a Loterj, e fazer com que a nossa raspadinha tenha curso focado dentro do município e, quem sabe, até dentro da região”, concluiu o autor da proposta.
Apesar de suas belezas naturais, Arraial do Cabo tem uma receita pequena e tem dependido de ajuda do governo estadual para sobreviver. A arrecadação própria mal cobre as despesas com os serviços básicos e a folha de pagamento. O mercado de trabalho não oferece maiores oportunidades e quem não trabalha na Prefeitura, na pesca e no pequeno comércio, é obrigado a tentar a sorte fora da cidade.
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