terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Tragédia e corrupção - a realidade serrana

No próximo dia 12 a tragédia da Região Serrana fluminense estará completando um ano e a única coisa que mudou em Teresópolis e Nova Friburgo foram os prefeitos. Os titulares perderam o cargo porque resolveram enfiar os recursos para a reconstrução em lugares impróprios. Mais de R$ 100 milhões escoaram ninguém sabe para onde. Desapareceram assim como centenas de pessoas. Os números oficiais dizem que foram mortos 900 moradores desses dois municípios, mas não correspondem a verdade, pois pelo menos 600 pessoas estão desaparecidas. Tão grave quanto à tragédia é o descaso. Nada foi feito e as chuvas estão aí de novo. Em vez de obras, sirenes. Em vez de casas seguras, escolas improvisadas como abrigo.

Ao todo foram liberados para a reconstrução de Teresópolis e Nova Friburgo um total de R$ 114,9 milhões. Dizem que foram gastos em obras emergenciais e recuperação de pontes e estradas destruídas, mas bastou chover um pouquinho mais para se perceber que a situação de risco é pior depois do “tudo” que foi feito. De concreto nessas cidades só mesmo a interinidade de seus prefeitos: os vereadores Arlei Rosa “governa” Teresópolis e Sérgio Xavier, Nova Friburgo.


3 comentários:

Anônimo disse...

Boa noite, Elizeu. O que fizeram aqui em Teresópolis com o dinheiro da reconstrução.

Anônimo disse...

Elizeu, boa noite.

Tenho uma relação afetiva com uma dessas cidades citadas por você que carrego já faz muito tempo. Quando ocorreu a tragédia na serra, fiquei tentando entender aquilo e confesso que nunca consegui formular uma leitura para o acontecido. Desastre natural, irresponsabilidade ambiental, fúria de Deus, sempre tendemos a justificar com esses termos e depois nos calar, impotentes e indignados.Ver corpos serem retirados de escombros, casas desabarem diante dos olhos, montanhas ruírem como num passe de mágica, (eu sempre vivi entre as montanhas e cresci acreditando que o paraíso fosse isso : viver entre a grande serra e o grande mar) rios e pedras invadirem as ruas dilacerando e despedaçando tudo. Mas, e a dor? A dor das perdas humanas foram imensuráveis e até hoje o são, nada conseguirá atenuar isso pra quem perdeu um ente querido. O que fazer diante da dor do outro? Toda a compaixão do mundo é nada diante da dor do outro. Os homens citados por você, desconhecem o significado dessa palavra. A postura imoral que tiveram após a tragédia, é perturbadora e precisa ser julgada pela justiça porque já foi condenada por todos aqueles que direta ou indiretamente sofreram as perdas. Não vão nos devolver as pessoas queridas que perdemos, então, que nos devolvam as cidades queridas que amamos. E que estejam longe das montanhas por todos os Janeiros que ainda viverem porque lá, os desaparecidos ainda choram soterrados na memória de quem ficou.
Um abraço grande

Anônimo disse...

Isso é um absurdo, o povo precisa protestar nas ruas, fazer barulho e reclamar por melhorias para a população...Se liga eleitor!