A Procuradoria Geral de Magé está examinando processos relativos à Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social que mostram que nem os recursos destinados a projetos em benefício aos menos favorecidos eram aplicados devidamente. Em pelo menos um caso a entidade que deveria receber um repasse mensal não saberia da existência dessa verba. Em outra situação está sendo investigado o mau uso do dinheiro liberado para despesas imediatas, o chamado pronto pagamento, uma quantia relativamente pequena, o que serve para exemplificar que a malversação do dinheiro público, desvio de recursos, ocorriam no atacado e no varejo na administração municipal.
Nesse caso o valor é de cerca de R$ 30 mil e pelo que foi apurado até agora servidores da secretaria assinavam comprovantes de despesas que não teriam sido executadas, supostamente por ordem do então titular do órgão, Jorge Cosme Martins, o Jorge Cosan. As irregularidades estão sendo levadas ao conhecimento do Ministério Público e pelo menos o dinheiro relativo ao pronto pagamento terá de ser devolvido. De acordo com a alegação dos servidores, eles assinavam os documentos porque eram informados de que isso “era de paxe”. Os servidores não têm condições de devolver o dinheiro e, pelo que se sabe até o momento, não teriam sido eles os beneficiários desse desvio.
A Procuradoria Geral do município está fazendo uma devassa em todos os processos de despesas e até na folha de pagamento da secretaria. As investigações apontam que funcionários de uma rádio que chegou a ser interditada em julho e que seria de propriedade do ex-secretário, recebiam salário da Prefeitura e estavam lotados na Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social. Outra denúncia que está sendo investigada aponta para possível cobrança ilegal de aluguel de “gavetas” nos cemitérios municipais.
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