sábado, 10 de setembro de 2011

Primavera, Reginas e Rodobus

A situação precária do transporte coletivo no município de Magé se deve mais à postura do poder público que a conduta das empresas. O caso da falência da Transportadora Primavera, por exemplo, foi uma covardia sem tamanho, uma injustiça que, creio, jamais será reparada. Conheço muito bem esse processo e pasmem, foi desencadeado na gestão da prefeita Narriman Felicidade, que fez a primeira intervenção contra a empresa, o que a impediu de ser legalmente vendida.
Não estou noticiando isso por ter ouvido falar. Sei muito bem o que estou escrevendo. Esperneie quem quiser, mas o fato é que Narriman sacrificou a Primavera para abrir espaço para a bem estruturada Reginas, mas essa pulou fora por dois motivos: o governo Narriman abriu as portas para ela, mas não legalizou a concessão e deixou o transporte alternativo à vontade. Veio a gestão de Núbia Cozzolino e com ela o tiro de misericórdia: uma segunda intervenção foi feita e a frota sumiu. A Primavera está no prejuízo até hoje: 45 ônibus desapareceram como por encanto e os funcionários, coitados, ficaram ao Deus dará e a situação dos donos não é nada confortável, principalmente judicialmente falando.
Essa tal de Rodobus que está operando hoje no município sequer pode ser chamada de empresa de ônibus. É resultado de uma cooperativa de transporte formada em São Paulo. Está toda irregular e vai durar pouco em Magé. Fala-se muito sobre essa “empresa”. Uns apressam-se em dizer que seria ligada ao ex-prefeito Anderson Cozzolino, o Dinho e isso posso afirmar que não. A Alfa pode ate ter sido beneficiada com uma ou outra facilidade no processo licitatório e por omissão da Secretaria de Transportes, mas seus donos são vários e nenhum deles é de Magé, cuja população, já-já, estará livre dela para sempre.


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