terça-feira, 7 de dezembro de 2010

E Magé tem tudo para virar a página

Tive acesso ao resultado de uma pesquisa que vai deixar os que se acham donos de Magé muito preocupados com o futuro, não o dos mageenses, mas com o próprio: se tivesse uma eleição hoje os Cozzolino levariam um coro danado, coça suficiente para fazê-los perder a pose. Acho que eles já sabem e talvez seja por isso que estão doidos para tomar o poder e concluir os dois anos que faltam do mandato conquistado por Núbia e dela retirado pela Justiça. Isso também é analisado na consulta e um possível golpe branco, levando o prefeito Rozan Gomes a renunciar para que o presidente da Câmara de Vereadores, Anderson Cozzolino, o Dinho, sente na cadeira, só pioraria as coisas para o clã.

Pelo que conheço os Cozzolino não são de desistir assim tão fácil. Continuarão apostando em Dinho como trunfo para se manterem no controle do município, pois, como já disse antes, se sentem donos da cidade e confundem Magé como extensão do quintal da casa grande, um feudo ou coisa parecida.

Sei o quanto sou odiado pela família, assim como sei que esse ódio não cega os membros do clã. Alguns deles me acompanham e até me escrevem de vez em quando e apesar de não gostarem de mim e do que reporto, me elogiam a coerência e o fato de não fazer nada escondido, de “jogar limpo” me mostrando tanto quanto minhas posições. Por Núbia – levo muita bordoada por isso – tenho respeito, pois, em termos de realizações fez a melhor gestão que o município já teve nos últimos 30 anos, mas meteu os pés pelas mãos e não teve pulso para impedir que seus irmãos tratassem a coisa pública do jeito que trataram. Se tivesse impedido que os manos entrassem no Palácio Anchieta, estaria confortavelmente no cargo e com asas políticas suficientes para alçar vôos ainda mais altos.

O que quero dizer é que a única que tinha cacife eleitoral era Núbia. Tinha, disse-o bem. Daqui para frente será outra história e espero que o povo de Magé saiba como escrevê-la.


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