Baderna, segundo o dicionário, é o mesmo que um “grupo de rapazes folgazões, pândega, súcia, malta, conflito e desordem” e baderneiro, pode-se dizer, é aquele que se dedica a fazer isso. Bem, o que quero dizer é que uma pessoa que sai às ruas defendendo os direitos civis de uma nação, que prega a liberdade de expressão, o direito de pensar, o direito dos trabalhadores e ergue sua voz para gritar contra os horrores de uma ditadura militar que mergulhou esse país no escuro por mais de 20 anos, não pode ser classificado como baderneiro. Ver como desonra o fato de essa pessoa ser encarcerada por conta dessa luta, é passar um atestado de medíocre a sim próprio.
Os militares que torturavam, prendiam e arrebentavam, passavam com seus jipes sobre corpos e lei, esses sim, não podem ser lembrados orgulho. Que honra tem em pendurar uma mulher no pau-de-arara, submeter uma grávida a choques elétricos, chutar sua barriga, estuprar estudantes e cometer outras barbaridades? Será que aqueles idiotas imponentes com suas divisas e fardamentos se sentiam mais machos que os outros só porque tinham uma pistola na cintura ou uma metralhadora nas mãos? Para mim não passavam de uns fracos, gente com crise de identidade, mal resolvidas consigo mesmas.
A honra estava em quem os militares com seus recalques classificavam como “baderneiros”. Aliás os soldados da ditadura só conheciam duas palavras: baderneiro e comunista. Parecia ser o máximo que seus cérebros permitiam formular. Por que estou falando tudo isso? Homenageio aqui um defensor dos direitos básicos do cidadão, um líder da luta contra a opressão, Edir Inácio da Silva, um adorável baderneiro.
20 comentários:
Bom dia, Elizeu. Na época da ditadura os militares classificavam como inimigo todo aquele que ousasse pensar em liberdade.
Caro Elizeu. Edir Inácio da Silva honrou os trabalhadores. É um grande homem.
Edir Inácio sempre foi e é um homem honrado.
Relembrando a História.
Magé hoje, possui nomes que não devem ser tocados cito: Sr. Francisco (Chiquinho da praça), Dona Alcilia, Senhor Irineu que trabalhou na Fundação e o Senhor Edir Inácio da Silva. Se repararem bem, tem o sobrenome do presidente Luiz Inácio da Silva. Ambos foram ícones na luta para o trabalhador.
Em 1964, Santo Aleixo era chamada da Moscouzinho pelas Fábricas ali existentes. O Movimento Sindical era intenso. O povo Mageense era aguerrido.
O Edir já tinha herdado dos seus pais (Sr. Inágio e D. Edna Nunes) esse jeito de lutar pelos direitos do trabalhador.
O Edir foi morar no Município de Volta Redonda onde foi presidente da OAB e no Governo de Brizola, poderia ser prefeito com indicação de Brizola, mas foi negado pelo SNI (Serviço Nacional de Informações).
Essas pessoas citadas acima são como a Bandeira, o Hino e o Brasão da cidade, estão inseridos no patrimônio cultura da cidade. A pessoa do Edir Inácio da Silva pelo que ele foi não pode ter sinônimo que venha a denegrir a sua imagem.
Se a ida do Edir para prisão dá sinônimo de Baderneiro, um outro personagem Mageense deverá ser chamado também, pois Alcindo Guanabara foi mandado para a Prisão de Fernando de Noronha, a mando do Presidente da República Prudente de Moraes que lhe
atribuiu um atentado sofrido.
Sabe quem foi junto com ele preso em Fernando de Noronha? Barbosa Sobrinho.
Edir, é melhor ser chamado de Baderneiro pela sua História de luta pelo trabalhador, do que ser chamado de outra coisa por retirar o dinheiro e a esperança de um povo.
Salve o Sr. Edir Inácio da Silva, o remanescente da luta dos trabalhadores contra a Ditadura Militar de 1964.
O HISTORIADOR
A militância de homens como Edir Inácio da Silva nos proporcionou o Direito a Liberdade de expressão !
Em 1962 os Estados Unidos colocaram ogivas nucleares no Kuwait apontadas para a Rússia.
E os Russos vieram para a América (CUBA) com a permissão de Fidel Castro e colocarem as suas ogivas apontadas para os Estados Unidos.
Nessa Guerra fria entre os dois países, que quase ocasionou numa guerra nuclear posteriormente teve a morte do Presidente Kennedy.
Como o movimento Comunista ficou intenso pelo Mundo, chegou a Magé, principalmente no movimento sindicalista. Magé tinha um pólo industrial invejável.
Em 1964, Magé se encontrava em pleno movimento de reenvidicação para melhoria das questões do trabalhador. Os Estados Unidos vendo a possibilidade de o Brasil virar para o lado Comunista, a Central de Inteligência Americana – CIA, incentivou o Golpe Militar de 1964.
A coisa ficou feia por aqui. Metralhador ponto 50 apontada para o Sindicato dos Trabalhadores em Santo Aleixo, racionamento de alimentos e tinha horário para circular na rua. Muitas pessoas foram torturadas, revivendo os Horrores de Magé em 1893.
O Grupamento de Canhões 90 - GECAN 90, foi destacado para se infiltrar em Magé, onde o povo era vigiado. Aquelas pessoas que falavam mais alto ou demonstrava a sua insatisfação era levado preso e torturado.
O Edir Inácio da Silva foi uma delas, que lutava pela liberdade de expressão e foi preso e torturado como a Presidente Dilma e outros.
Em Magé estamos precisando de mais pessoas com o seu caráter, coragem e determinação.
Um abraço,
O OBSERVADOR.
Teve uma Festa Junina no Colégio Joaquim Leitão em Santo Aleixo e o meu pai convidou muita gente inclusive o gerente da fábrica da época.
A festa estava animada com várias pessoas de outros lugares e de repente alguém já meio bêbado gritou: “Aqui em Santo Aleixo não tem Homem”. O meu pai ouviu aquilo e comentou: “Não gostei desses caras, se repetir vou reagir”.
Dito e feito, o sujeitinho repetiu a frase e gritou mais alto ainda: “Aqui em Santo Aleixo não tem Homem”. Foi à gota d´água. O meu pai entrou de cabeça dentro do cidadão e foi uma briga danada, pois tinham muitos conterrâneos que não tinham gostado da frase e ajudaram o meu pai em defender a cidade.
O meu pai era baderneiro?
No outro dia, o meu pai fugia do gerente com vergonha da briga que ele arrumara e o gerente estava a procura do meu pai, até que o encontrou e falou: “Você fez muito bem, eu também estava doido para brigar com aquela turma”.
O meu pai e o Edir Inácio eram colegas e presenciamos à sua luta em defesa do trabalhador. Graças a Deus o Edir está inteiro e com saúde para ajudar esse Município a sair do atoleiro. O Edir inclusive é amigo do Vice-Governador, pois os dois eram da militância do PDT.
Inveja é pecado, mas um dia vou virar baderneiro como ele.
Cidade Mage
Sinto-me Tão honrada de Ter Edir Inácio da Silva como o meu avô... E fico muito mais feliz quando percebo que outras pessoas enxergam ele da mesma maneira que eu. Meu avô é um bom homem , não é nada do que o Sr. 'Amigo da Família' Disse na Ultima postagem do Blog... Eu, mesmo sendo uma adolescente, sei da História de vida do meu avô e confesso que fiquei INDIGNADA quando soube que estavam falando mal dele... =( Gostaria também de Agradece-lo Senhor Elizeu Pires por esclarecer as coisas , Saiba que sou muito grata por isso... Meu avô tem 3 netas Eu sou a mais nova e mesmo sendo uma adolescente sei de tudo pelo o que o meu avô passou e o quanto ele sofreu para que nós pudéssemos ter o direito de nos expressar da mateira que bem entendemos... Esse homem sabe o nome do Meu avô e não história de vida dele... Eu realmente espero que isso não torne a acontecer.
Manoel de Almeida Bonifácio (Manoelito do som) – Produtor Cultural
Meu caro Elizeu, boa tarde. Não sou ligado a político e nem fã, mas na política temos que conviver com ela, seria ótimo se pudéssemos acreditar em todos porque os bons já estão em extinção. Hoje são inúmeros partidos que na verdade só servem para tumultuar.
No passado quando um cidadão se propunha a entrar para a política era porque ele tinha realmente um destaque da sociedade, já ajudava antes e fazia acontecer, cobrava e fiscalizava junto a sociedade, hoje até bandido pode ser candidato, ladrão, desordeiro etc. Não existe mais proposta de campanha porque não há interesse de trabalhar pela comunidade, o lado financeiro fala mais alto, se aproveitando desse pobre povo e alegrando os dono dos "Pomares".
Falar de política é fácil, ouvir falar de político é mais fácil ainda, Rádios, TVs, Jornais, internet, etc. Está tudo ai, ser político agora já é para qualquer um. Nós não precisamos mais desse tipo de político em Magé, nós precisamos na verdade de administradores, pessoas de caráter que visam o desenvolvimento de Magé. O povo foi muito massacrado, foi usado como espécie de cobaia num campo minado chamado Magé. A réplica da Ilha Grande, a maldade, o descaso, a tortura, tudo isso aconteceu durante 60 anos, o pior de tudo foi a "máquina psicológica", isto fez com que a maioria de nossos jovens se tornassem hoje adultos sem saber como gritar pela liberdade de expressão, nós precisamos recuperar isso, e isso só vai acontecer através de uma boa administração, precisamos de um administrador que saiba conduzir Magé com muita sabedoria e paciência, para que essas crianças que ai estão possam aprender a crescer em um município liberto das opressões. Queria eu ser um grande “baderneiro” como Dr. Edir.
Não podemos esquecer que Dr. Edir fez parte desta mudança... Parabéns meu velho, obrigado pelo abraço na noite da vitória de Nestor Vidal, meu caro Elizeu mais uma vez muito obrigado.
Falar de Dr. Edir é como falar de Brizola, Darcy Ribeiro, são pessoas de extrema inteligência, sabem agir na hora certa. Sinto-me orgulhoso de poder ser ESTAGIÁRIO do Sr. Edir Inácio da Silva.
Na época da ditadura a única verdade
era o que dizia o govêrno militar, a imprensa estava amordaçada por conta da ceusura e aqueles que se opunham ao regime eram taxados de terroristas, comunistas, baderneiros etc.
Á partir da edição do Ato Institucional nº 5 a repressão tornou-se mais voraz, e o Doi Codi
e a Operação Bandeirantes ( OBAN)
tornaram-se ferramentas eficazes
para exercer a tortura nas suas formas mais cuéis.
Como os meus colegas o Historiador, o Observador, Cidade Magé, a netinha e outros já falaram tudo, não me resta mais nada, somente mandar um abraço ao Edir Inácio da Silva e dizer que sou mais UM BADERNEIRO também.
Gilvaldo Dias Guerra
Pela primeira vez gostei de ler os comentários de um assunto postado pelo noosso querido amigo Elizeu. Todos que fizeram os comentários estão de parabéns, pois os seus comentários foi uma aula de história para mim. Deus abençoe a todos.
Fui Frei, adepto da Teologia da Libertação, estudei o período da ditadura com muito interesse, pois sempre achei uma atrocidade o que houve na época. Conheco Luciano Glavina e Apollo Heringer Lisboa. Tive o prazer de conviver com eles e aprender deles muita coisa. Conheci também o Edir. Falo dele com orgulho. Se ele tem algum defeito isso prova que ele é humano, profundamente humano. Um cara pra falar desses CARAS tem que ter muita coragem. Em sã consciência ninguém ousa falar deles. Deram a vida pela implantação da Democracia no Brasil. Acha que exagero ao dizer isso? Pesquise e verá que estou sendo HONESTO e GRATO à contribuição que Glavina(SP), Apollo(MG) e EDIR(RJ) deram ao Brasil. Edir, aquele abraço! Pedro Araújo.
senhor elizeu, gostaria muito de saber quem e esse"amigo da familia", para afastalo da minha, amigo assim quero distanciaaaaaaaaaaa!!!!
É muito díficil, falar de alguém de muito conhecimento, pois você fica comedo de errar.
Pois o Dr. Edir Inácio é essa pessoa, Inteligente, com um conhecimento bem vasto... E ainda é um amigo, que está ao seu lado no momento em que você menos imagina, estou gostando muito de ser seu aprendiz neste dia à dia de minha vida...
Todos herói tem nome então o Dr. Edir Inácio è o nosso HERÓI.
Edir, um forte abraço e fique com DEUS...Cheguei a participar algumas vezes das reuniões em Guia de Pacobaiba pela reativação da primeira ferrovia do Brasil...Forte abraço e felicidades nessa nova empreitada.
Pelas coisas que ouvi falarem a respeito do Sr Edir, já dá pra perceber que ele é um homem de bem. Então eu fico pensando num episódia que a minha avó já falecida contava. Uma vez ela assistiu em Andorinhas quando trabalhava na fábrica de tecidos, um médico chamado Dr Irum, em defesa de Seu Porto que havia sido tachado de comunista gritou para todos ouvirem: o Porto não é comunista, mais eu sou. Talvez esse médico, Dr Edir, e o Seu porto tenham sido baderneiros, mas do bem. E acho que esse tal amigo da família deva ser algum militar recalcado e invejoso que não tem nenhuma história de vida pra deixar escrita quando se for.
ESSE AMIGO DA FAMILIA DEVE SER UM
DESSES MAGEENSES FRUSTADOS, QUE
QUANDO UM FILHO DA TERRA DAR CERTO
FICAM REVOLTADOS, PORQUE NA SUA
MAIORIA, SÃO DERROTADOS,SONEGADORES
TRAPALHÕES,E DIZEM QUE sÀO ELITES.
O Amigo de Magé e Guapi lembrou bem uma figura muito importante em Magé, que não foi morto, porque tratava da doença da mulher de um General. O Dr. Irun Santana que era comunista convicto e foi perseguido por isso.
O Prefeito Jose Barbosa Porto, figura importante, foi retirado da Prefeitura, porque comprou um veículo para o seu uso e usava o motorista da Prefeitura para dirigi-lo. Somente isso! Não tinha mais nada para recriminá-lo. Acharam essa brecha.
O Dr. Edir é advogado e estudou depois de casado com muito sacrifício. Como conta o Historiador, ele foi presidente da OAB em Volta Redonda que é o 10º Município do Estado seguido de Magé que é o 11º em número de população e eleitores. Cabe lembrar que somos 92 Municípios no Estado do Rio de Janeiro.
Como presidente da OAB, o Dr. Edir era bastante atuante em Volta Redonda.
A nossa OAB-MAGÉ precisa chamá-lo para um contato, pois pode passar muitas experiências aos nossos novos advogados da cidade.
Essa pessoa que se chama amigo da família, já desenhou ou seu perfil. Vamos lá: “conhece os seus passos há mais de 60 anos”. Então, tem mais de 60 anos é deve ter a idade do Edir, uns 78 anos por ai.
Talvez seja algum recalcado que queira influenciar o PDT de Magé a seguir algum passo que o Edir não concorda ou por não ter assumido a Secretaria do Trabalho em Magé.
Bem, vamos deixar essa prosa de lado e dizer que Magé tem História e esses personagens; Dr. Irun Santana, José Barbosa Porto, Edir Inácio da Silva e vou acrescentar o meu amigo Antonio Carlos Menezes que foi Secretário do Embaixador do Brasil em Cuba Tinden Santiago e outros ficarão para sempre na nossa memória. Só falta a Nova Fundação registrá-los.
Esses não tiveram medo.
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