Em e-mail enviado a esse jornalista o prefeito de Magé, Rozan Gomes, informa que no dia 28 desse mês vai sair o enquadramento dos profissionais da rede municipal de ensino, que também terão reajuste salarial.
O prefeito assegura que garantir uma renda melhor e garantir melhores condições de trabalho a categoria é um compromisso firmado.
Sem prestação de contas de convênios firmados por Lindberg, lei impede governador
de mandar mais recursos para Nova Iguaçu
Se depender de recursos do governo estadual para a Prefeitura de Nova Iguaçu terminar as obras que o ex-prefeito Lindberg Farias (PT) iniciou e paralisou logo depois, o município não terá nenhum desses projetos concluídos. É que nos últimos cinco anos o governo municipal não prestou contas ao estado do dinheiro repassado ao município através de convênios, um volume de mais de R$ 150 milhões.
A informação é do gabinete do governador Sérgio Cabral, que vem tentando ajudar o município em vários projetos, mas esbarra no impedimento legal: sem a devida prestação de contas dos convênios já firmados, não poderão ser assinadas novas parcerias. De acordo com informações da própria Prefeitura, 70% das obras começadas na gestão de Lindberg estão paradas.
Além da relação com o governo estadual também está prejudicada a parceria com o governo federal, pois o ex-prefeito Lindberg Farias não se preocupou em prestar contas do dinheiro que recebeu da União através de vários convênios. Por conta disso as obras definidas através do Programa de Aceleração do Crescimento foram bastante prejudicadas. “Quando Lindberg falou na posse da prefeita Sheila Gama de que estava deixando R$ 306 milhões em obras contratadas ele não estava mentindo. Os serviços realmente foram contratados, mas executá-los tornou-se impossível, porque ele não prestou contas das verbas recebidas e sendo assim o governo federal, por uma questão legal, não tem como mandar o resto do dinheiro. Essa é a verdade que Lindberg não disse”, afirmou um ex-secretário da gestão de Farias.
Lideranças não acreditam que Poder Legislativo vá atuar com firmeza e independência
Essa é a opinião de lideranças comunitárias da cidade que vêem a derrota do presidente da Câmara Municipal, João Medeiros, como uma vitória pessoal do vereador Alex Neves, genro do ex-prefeito Paulo Dames. Para algumas lideranças, a alteração no quadro da Câmara só mudou os nomes dos negociadores.
“A Câmara de Casimiro de Abreu sempre foi controlada pelo Poder Executivo. O que os vereadores querem é cargos e participação no governo. Alex Neves nunca levantou a voz para denunciar as irregularidades no governo do sogro, mas vem metendo o dedo nas feridas de Antonio Marcos, que está fazendo uma péssima administração e permitindo de tudo no governo, mas não se pode dizer que Paulo Dames é melhor que o atual prefeito. É só Antonio Marcos dar o sinal para as negociações que essa oposição afrouxa a corda. Quando eles viraram a mesa falaram que iriam fazer e acontecer, mas não deram um passo até agora”, disse um líder comunitário de Barra de São João, afirmando que está revoltado com o tratamento dado ao vice-prefeito Heleno Ribeiro pelo prefeito.
Rompimento
Para um membro da bancada do governo, a derrota de João Medeiros já era esperada, mas ele só não votou contra a reeleição do atual presidente da Câmara porque tinha um compromisso com Medeiros. Já sobre o rompimento do vice-prefeito Heleno Ribeiro ele afirma que essa briga foi provocada pelo jeito centralizador do prefeito. “Heleno não tinha espaço no governo, não participava de nada e esse rompimento até que demorou muito para acontecer. Essa ruptura não vai atingir o governo em nada porque Antonio Marcos já se comportava como se o vice-prefeito não existisse. Heleno tomou uma posição correta e tem de ser respeitado por isso, mas é bom que ele saiba que não poderá contar com o grupo que ganhou o comando do Legislativo para nada, pois o grupo apenas o usou para conseguir a maioria e ganhar a eleição para compor a mesa diretora”, disse o vereador.
Já para as lideranças locais, Antonio Marcos “jogou sujo” com o vice-prefeito e vai pagar o preço em 2012 quando tentar a reeleição. Essas lideranças entendem que Antonio Marcos já entrará em desvantagem numa eventual disputa para a reeleição, pois ninguém vai querer associar o nome ao dele, pois já sabe que o hoje prefeito não dá a devida importância ao vice-prefeito.
Tenho recebido reclamações de professores da rede municipal de ensino de Magé sobre o não pagamento de uma “dobra” feita em 2008. Eles reclamam de que a folha suplementar está pronta a muito tempo, mas que a Prefeitura não se dispõe a pagar.
Hoje recebi mais uma mensagem sobre o assunto e entrei em contato com o prefeito Rozan Gomes, que, me afirmou em e-mail, agora a pouco, que nunca se recusou a pagar, mas que ao passar um “pente fino” na tal folha, encontrou nomes de alguns professores que não fizeram a tal dobra e que, portanto, não tem nada a receber. Aos que tem direito ao pagamento, ele avisa, será pago centavo por centavo.
